segunda-feira, 28 de março de 2011

Éter

No meio de “Será(s) e Porquê(s)” acabei me perdendo.
Não sabendo por onde caminhar
Caminhei por arranha-céus, pelo sétimo céu
Por cordas bambas, nas pontas do pé
Não coloquei os pés no chão.

Quase perdendo a razão
Sempre por um triz
Pintei meu caminho
Embriagada com as cores da vida
Pensei estar decorando o mundo...

Mas quando vi a chuva começar...
O que foi feito para consolar.
Borrou-se com as gotas de água, que despencaram do céu.
Quando vi o estrago, segurei o choro
Que se fez veneno dentro de mim
E como éter... escapou por entre meus poros.

Por isso...
No abraço de proteção e conforto.
Acabei por envenenar a todos os bem-quistos.
E com eles morri aos poucos.

Mas a chuva passou...
E da morte veio o mel
O cheiro de flor
As cores da vida
E as formas do amor

Tudo voltou a nascer
A tomar sol
E purificar.

Mas dos meus bem-quistos
Já não havia ninguém.

Danielle do Carmo

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