quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amém

Estamos jogados pelo mundo, livres e encarcerados em nossos próprios conceitos. Em nossa própria maneira de tentar organizar a realidade. Sabendo que quanto mais profundo mergulhamos, ainda não será o bastante. Somos demasiadamente limitados para conseguir encontrar respostas. Então nos contentamos com nossas próprias invenções. Talvez... será melhor assim. Porque o segredo de uma mente sã (para não ultrapassar o limiar da loucura) é se contentar. Então... Assim seja.

Danielle do Carmo

domingo, 12 de setembro de 2010

"Ó doces prendas por mim mal achadas (...)
Quando paro a contemplar meu estado e ver os passos por onde me trouxeste
Eu acabarei, pois me entreguei sem arte a quem me saberá perder e acabar (...)
Enfim a vossas mãos hei chegado (...) onde sei que hei de morrer (...)
Para que só em mim seja provado o quanto corta uma espada num rendido".
(Do amor e outros demõnios - Gabriel García Márquez)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Instante

Besos en los pies
Sangre en la boca
Vino en la vena
Cabeza perdida
Sentimientos cambiantes
Ganas de vivir
Cenizas en la palma de la mano
Futuro fluctuante
Solamente un instante
Inconstante.

Danielle do Carmo

terça-feira, 13 de julho de 2010

Onda

E a onda me levou...
E agora estou flutuando em pleno mar.
Já nem me lembro mais
O que me levou a mergulhar.

Danielle do Carmo

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Bondade sua me explicar com tanta determinação
Exatamente o que eu sinto, como penso e como sou
Eu realmente não sabia que eu pensava assim..."
(Mais do Mesmo- Legião Urbana)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Caminho

Tento encontrar o caminho de casa...
Sigo os traços do que fui um dia.
Tentando encontrar o caminho de casa
Percebo que não me acho.
Onde é que eu fui parar?

Danielle do Carmo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um dia... o que restou de mim, foi apenas coração.
Sem perceber fui arrastando-o pelo caminho.
Quando dei por mim, não encontrei.

Se de mim o que resta é apenas coração.
Pó a pó vou juntando pelo caminho.

Será que ele ainda serve em meu peito?

Danielle do Carmo

Friagem...

Seria fácil dizer que não sei o que passou. Mas meus sentidos aguçados para a previsão e dedução já sabem dizer o que se passa. Enveredei por caminhos conhecidos apenas em palavras e pensamentos. Agora experimento o fel da vida.
E se esse for o gosto real da vida, e o que eu já experimentei foi somente ilusão?
Desilusão...
Que cai em mim e me cobre como um manto. Torço para que esse manto me proteja desses ríspidos, rotos e frios olhares. Gente que passa, sem querer ou poder fazer nada. Plantando assim, em meio ao meu peito, apenas e mais solidão.
Antes... eu que queria ser mole por dentro...
Desejo ser simplesmente feita de gelo.
Será que assim machuca menos?

Danielle do Carmo